sábado, 19 de maio de 2012

Plano de ensino


PLANO DE ENSINO DE LITERATURA PORTUGUESA



1° Semana
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA

  00:50
Apresentação Redes sociais em sala de aula
Criação de twitter da sala
Slides Realismo Português
Twittar 3 textos sobre o Realismo
Apresentação de Eça de Queirós – Leitura de “O crime do Padre Amaro” em casa





2° Semana
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA

  00:50
Em dupla: Entrevista com Eça de Queirós
Twittar trecho sobre uma obra de "Eça"
Leitura do Blog: Literatura com Amaro
Apresentação de: O Crime do Padre Amaro
Intertextualidade de "O Crime" com notícia atual





3° Semana
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA

  0:50
Filme: O CRIME DO PADRE AMARO
Slides Realismo e Eça de Queirós
Leitura de trecho da obra. Comparar com filme
Leitura de trecho da obra. Comparar com o realismo
Pesquisa digital: Contexto da época do autor





4° Semana
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA

  00:50
Identificar personagens em ilustrações digitais
Twittar trechos e síntese da obra
Produção de texto da compreensão         da obra
Revisão Obra, Autor, Realismo com slides
Avaliação digital sobre a obra, autor, Realismo





quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pano de fundo social e político de Portugal durante a produção da obra e as consequências destes fatos históricos na literatura.


A obra O Crime do Padre Amaro foi escrita durante o Naturalismo/Realismo e publicada em 1875. 
O Realismo em Portugal tem seu início marcado com a Questão Coimbrã em 1865, liderada por Antero de Quental, e estende-se até 1890, quando Eugênio de Castro publica a obra “Oaristos”, dando início ao período Simbolista. Durante esses 25 anos de predomínio da estética Realista, Portugal dói governado por D. Luís I e, em seguida por D. Carlos I.
D. Luís herdou a coroa em 1861 quando seu irmão D. Pedro V faleceu sem deixar descendentes. Durante o seu reinado e, em consequência da criação do imposto geral de consumo, que não agradou a opinião pública, aconteceu a rebelião “Janeirinha” (final de 1867). Em 1870, estourou uma revolta militar, que pretendia a demissão do governo. Em represália o Rei substituiu todo o ministério. Depois do conflito parlamentar ocorrido em 1878, os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar os regeneradores. Este episódio constituiu um incentivo ao desenvolvimento republicano. No ano seguinte, D. Luís chamou os progressistas para formarem o governo. Em 1889, com a morte de D. Luís, tem o inicio o governo de D. Carlos. Nesse período o país atravessava uma grave crise econômica. Os bancos e as empresas estavam falidos, o desemprego aumentava em grande escala e, por isso as classes trabalhadoras eram submetidas a duríssimas condições de trabalho em troca de salários miseráveis. Tudo isso gerou um descontentamento geral, que foi refletido em uma série de protestos e greves. Para piorar a situação, em janeiro de 1890, a Inglaterra deu um ultimato a Portugal, exigindo que fossem retirados os exércitos portugueses que se encontravam entre Angola e Moçambique, caso contrário a guerra seria declarada.
O desfecho desse momento conturbado vivido por Portugal se dá no ano de 1891, já sob a influência da estética Simbolista.
O ambiente social, na Europa de então, sofria os efeitos da consolidação da civilização burguesa, o surgimento do proletariado e de suas lutas, das idéias do liberalismo e democracia e suas inúmeras mudanças, o desenvolvimento das ciências naturais e teorias científicas. Foi um cenário de ênfase no aspecto material, com uma forte redução no espiritualismo e críticas severas à religião, apresentada como manifestação primitiva do ser humano. Assim, no Realismo a literatura torna-se menos uma distração e mais um meio de crítica e combate às instituições.
Assim, as características principais do Realismo incluíam a busca da realidade de vida, mostrada como realmente é, com os lados positivos e negativos; um pessimismo latente, onde as criaturas eram más e mal intencionadas, ao contrário do Romantismo, onde eram tratadas como bondosas; uso de temas de caráter grosseiro, para chocar os padrões morais do leitor; preocupação em relatar os fatos comuns do dia-a-dia, que no Romantismo eram preteridos pelo extraordinário, pelo invulgar; tudo descrito com minúcias, muitas vezes em demasia. 
O Realismo não foi tanto uma escola literária como um sentimento novo, uma nova atitude espiritual em que couberam direções muito divergentes, que se alçou contra um idealismo sem idéias. A sua conseqüência mais vital e duradoura foi romper com o patriotismo provinciano dos ultra-românticos, abrindo o espírito nacional a todas influências externas e ampliando a gama de escolha dos motivos literários.

Embora tenha conhecido na França a sua forma mais rigorosa, o Realismo é igualmente um fenômeno europeu.

Em Portugal, as semelhanças entre Realismo e Naturalismo eram muito fortes. O principal representante do Realismo português foi Eça de Queirós, com a publicação do conto Singularidades duma rapariga loira que, na opinião de Fialho de Almeida, foi a primeira narrativa realista escrita em português. Com o aparecimento de O crime do padre Amaro e de O primo Basílio, ambos de Eça de Queirós, no qual o Realismo e o Naturalismo se confundem, a nova escola implantava-se definitivamente.


Bibliografia:





terça-feira, 1 de maio de 2012


 

























Robson 
A obra “O Crime do Padre Amaro” inspirou outros trabalhos artísticos. Seu tema foi levado para o cinema, novela, teatro e revistas em quadrinhos.  A própria obra foi traduzida para varias línguas. 

Recomendamos aos professores: elaborar com os alunos um trabalho em sala e extraclasse que esteja ligado com outras artes, e que se influenciaram da Obra de Eça de Queirós. O aluno poderá, também, e ou, apresentar um comparativo linguístico entre o português e em uma das línguas em que o texto foi traduzido “O Crime do Padre Amaro”.